O segundo turno das eleições municipais francesas realizou-se no dia 28 de junho, com três meses de atraso devido à pandemia do coronavírus. Considerando o resultado nas cidades maiores, os principais vitoriosos foram os candidatos ambientalistas, e o grande derrotado foi o presidente Emmanuel Macron, pois seu partido, “França em Marcha”, não se viabilizou em nenhum grande centro urbano.

O destaque ficou para a reeleição da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com aproximadamente 50% dos votos, embora o comparecimento médio do eleitorado em todo o país tenha sido de apenas 40%, uma vez que o voto não é obrigatório e ainda havia temor pela população da contaminação pelo Covid 19. Hidalgo foi candidata pelo Partido Socialista, em aliança com os Verdes, derrotando duas oponentes, respectivamente, do Partido Republicano e do França em Marcha. O resultado demonstrou a aprovação dos parisienses à sua gestão urbana que priorizou o meio ambiente.

Ela agora governará por mais seis anos. Lembremos também que, no início do ano, a prefeita outorgou o título de “Cidadão Parisiense” ao ex-presidente Lula, do Brasil, em homenagem às políticas sociais implementadas durante seu governo.

Kjeld Jakobsen é consultor da Fundação Perseu Abramo. O texto não reflete necessariamente a posição da instituição.

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