Celulares ultrapassarão telefones fixos no segundo semestre, diz Ministério das Comunicações
A estimativa é do secretário especial do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers de Almeida, durante o último painel do I Seminário de Infra-estrutura para o Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Fundação Perseu Abramo, que terminou hoje (sexta-feira, 27) em Brasília.
Por Gustavo Schor
Uma das razões, de acordo com o secretário, é a perda de valor dos papeis de empresas de telecomunicação e o acúmulo de US$ 3 trilhões em dívidas pelo setor no mundo. “O refluxo do segmento é um problema internacional”, explicou Almeida.
O governo, entretanto, traça um plano para revitalizar as telecomunicações e trazê-las para o dia-a-dia da população. Segundo o secretário, as bases da política pública do Ministério das Comunicações passam pela universalização e inclusão digital, a inovação tecnológica e o apoio ao desenvolvimento social. “É indispensável pensar a pesquisa e o desenvolvimento de acordo com a realidade nacional e regional”, acrescentou.
Para isso, o Ministério deve estimular, por meio de financiamentos, a pesquisa tecnológica e aumentar a competitividade. “Pretendemos subsidiar a produção e gerar tecnologia mais barata para competir de igual para igual com os estrangeiros”, disse Almeida.
A questão da inclusão digital, afirmou o secretário, depende da modernização dos serviços e dos estímulo à concorrência. A idéia, disse, é diminuir preços e aumentar a qualidade. “Com uma política voltada à expansão do setor, geramos também empregos e capacitamos mão-de-obra”. Todavia, a universalização tecnológica e dos serviços necessita de uma revisão tarifária. De acordo com Almeida, os preços serão desvinculados do IGP-DI após 2005. “Pretendemos criar um modelo de auto-regulação e estabelecer padrões de custos de longo prazo”, afirmou.