Em 2020 os Estados Unidos terão nova eleição presidencial, e as movimentações políticas para ela começaram para valer. Donald Trump, o atual presidente, recém- absolvido do processo de impeachment, será quase certamente o candidato do partido Republicano, enquanto os Democratas esperam os resultados das primárias ou “caucuses” que começaram essa semana no estado de Iowa, com alguns imprevistos na hora da contagem do resultado final.

Cada estado americano é livre para decidir os candidatos dos partidos com o método que quiser. Em Iowa, que é considerado importante nessa etapa, pois quem consegue vencer obtém mais atenção da mídia, do eleitorado e dos financiadores de campanha, o método utilizado é o chamado caucus. Nele, os eleitores se encontram em cafés, igrejas ou escolas, por exemplo, e se dividem em espaços diferentes do local para apoiar seu candidato.

Por causa da utilização de um aplicativo de celular feito para auxiliar, mas que não funcionou muito bem no dia da votação, o partido Democrata teve problemas na contagem dos votos e na divulgação do resultado, que atrasou dias. Isso embalou um discurso crítico dos Republicanos, e Trump ironizou a eficiência da oposição. Com 97% de apuração dos votos, quem está vencendo nos Democratas é Pete Buttigieg, quase empatado com Bernie Sanders, seguido por Elizabeth Warren e, em quarto, Joe Biden.

Depois do resultado de todos os estados, ocorrerá uma convenção nacional do partido Democrata em julho, onde será conhecido o candidato para concorrer à presidência. Atualmente, os favoritos são Sanders e, apesar do resultado, aquém do esperado em Iowa, Biden que foi um nome recorrente durante o processo de impeachment de Trump, pois ele se deu em torno de uma ligação que o republicano fez para o governo ucraniano pedindo investigação dos negócios do filho de Biden no país do leste europeu.

No caso dos Republicanos, é quase certo que Trump tentará sua reeleição. O atual presidente aparece um pouco à frente ou empatado com Bernie e Biden nas pesquisas eleitorais. A absolvição no processo de impeachment, no dia 5 de fevereiro, pelo Senado, de maioria republicana, pode dar mais um gás para sua campanha, que já estava apostando em uma narrativa de “caça às bruxas” contra o candidato.

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