A última pesquisa de opinião pública, realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 5 e 6 de dezembro, apresenta novos dados nesta terça feira, dia 10. Mais da metade da população brasileira (54%) considera justa a libertação do ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva, ocorrida no dia 8 de novembro. Uma parcela menor, de 42%, considera injusta, e 5% não souberam opinar. Os moradores da região Nordeste são os mais consideram justa a libertação de Lula (71%), assim como os que possuem renda até dois salários mínimos (63%) e os mais jovens (61%).

A taxa dos que consideram injusta sua libertação aumenta conforme aumenta a renda dos entrevistados, chegando a 57% entre os que ganham mais de 5 a 10 salários mínimos e 59% entre os com renda acima de 10 salários mínimos.

A pesquisa também mediu a confiança dos entrevistados no ex-presidente e cerca de dois terços da população (61%) disse confiar nas declarações de Lula, dos quais 25% sempre acredita nas declarações do ex-presidente e 36% às vezes têm confiança nas falas de Lula. Uma parcela bem menor, de 37% disseram nunca confiar no que Lula diz.

Comparativamente, o atual presidente Jair Bolsonaro apresenta um índice de confiança menor. A pesquisa mostra que 80% da população não confia nas declarações do presidente Jair Bolsonaro. A maior parcela dos entrevistados (43%) disse que nunca confia no que Bolsonaro diz e 37% acredita apenas as vezes nas declarações de Bolsonaro. Somente 19% sempre confiam no atual presidente.

As atitudes de Bolsonaro também foram questionadas e mais da metade da população (53%) disse que Jair Bolsonaro não se comporta de acordo com o cargo que ocupa, sendo que 28% disse que em nenhuma situação e outros 25% que na minoria das vezes Bolsonaro se comporta como um presidente deveria. Apenas 14% consideram seu comportamento sempre adequado e 28% considera, na maioria das vezes, que ele se comporta de acordo com seu cargo.

Os resultados da pesquisa Datafolha voltam a indicar Jair Bolsonaro como o presidente eleito com maior taxa de desaprovação após um ano de mandato, com 36% de avaliação negativa, frente a 34% de Fernando Collor no mesmo período, 15% de Fernando Henrique Cardoso e Lula no primeiro ano de seus mandatos iniciais e 6% de avaliação negativa de Dilma em igual período.

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