Reportagem do Deutsche Welle (DW) mostrou que o Ministério da Educação tem gastado recursos humanos em pressionar a Wikipedia a alterar o verbete da enciclopédia online referente ao ministro da Educação.

O verbete sobre Abraham Weintraub foi criado logo que sua nomeação para o cargo de ministro da Educação foi anunciada neste ano. Aos poucos, episódios polêmicos foram sendo incluídos, como o fato de que ele e o irmão abriram um processo judicial para tentar interditar o pai, ou o anúncio dos cortes em 30% de verbas para a educação – contingenciamento, na versão oficial do governo.

O MEC solicita alteração do verbete ou que o mesmo seja retirado do ar. Já o administrador da enciclopédia no Brasil, Rodrigo Padula, afirmou ao DW que “temos o direito de publicar informações biográficas corretas de uma pessoa pública. E se o MEC não está de acordo com tal entendimento, vemos isso como tentativa de censura.”

A censura na internet também tem ocorrido no Twitter do presidente Bolsonaro, que bloqueou alguns cidadãos brasileiros, que agora já não mais podem ver suas postagens ou interagir com ele. Por este motivo, o jornalista William de Lucca, representado pelo advogado Antonio Carlos Carvalho, entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra a atitude do chefe do Executivo. A iniciativa junto ao STF se inspira em decisão da Justiça norte-americana, que determinou que o presidente Donald Trump desbloqueasse jornalistas no Twitter por violação da Constituição daquele país.

`