Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, 920,4 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica foram desmatados em junho de 2019. Nos primeiros quinze dias de julho de 2019, foram mais mil quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia, correspondente a um aumento de 68% em relação a julho de 2018. Segundo o Inpe, os números divulgados se baseiam em imagens captadas por satélite e têm precisão superior a 90%.

A divulgação do aumento do desmatamento brasileiro foi recebida como sinal de alerta pelos governantes da União Europeia que discutem o acordo comercial regional com o Mercosul. O presidente Bolsonaro declarou que a divulgação dos dados do Inpe prejudicam o país, que pretende censurar sua disseminação no futuro, bem como mencionou desconfiar da metodologia de mensuração do desmatamento, mesmo sem conhece-la a fundo.

No entanto, o dado sobre o avanço do desmatamento é apenas uma consequência da desestruturação da política ambiental brasileira ocorrida em seu governo. Destaca-se na atual gestão a retirada das áreas de serviços florestais e de recursos hídricos do Ministério do Meio Ambiente, a frouxidão na fiscalização do desmatamento na Amazônia, a flexibilização das multas por crimes ambientais e uma a possível extinção do Fundo Amazônia.

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