Movimentos da extrema-direita na Europa fazem muito alarde sobre o recebimento de refugiados no continente, mas dados da última publicação do Alto Comissariado das Nações Unidas (Acnur) mostram que a maioria dos refugiados se encontra em países vizinhos aos seus de origem.

Segundo o estudo, pelo quinto ano consecutivo a Turquia foi o país que abriga o maior número de refugiados (3,7 milhões em 2018), seguida do Paquistão (com 1,4 milhões), Uganda (1,2 milhões) e Sudão (1,1 milhões). A europeia Alemanha só aparece em quinto lugar, abrigando 1,1 milhões de refugiados.

Por sua vez, quanto à origem, 6,7 milhões de refugiados são oriundos da Síria, 2,7 milhões do Afeganistão, 2,3 do Sudão do Sul, 1,1 milhões de Mianmar e 0,9 milhão da Somália. Só no ano de 2018, somaram-se ao grupo de refugiados 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo. No total, 70,8 milhões de pessoas no mundo são refugiadas e/ou tiveram seu deslocamento forçado por resultado de perseguição, conflito, violência ou violações de direitos humanos.

Outro dado alarmante é que metade da população de refugiados em 2018 era formada por menores de 18 anos.

Quanto ao Brasil, em 2018 foi o sexto no ranking de países que mais receberam pedidos de asilo, número que tem aumentado nos últimos anos com a crise venezuelana. Na frente do Brasil estavam os Estados Unidos em primeiro lugar, Peru, Alemanha, França e Turquia, nesta ordem.

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