Em junho de 2019, houve um aumento de 88% do desmatamento da Amazônia em relação ao mesmo mês do ano passado. Durante o mês de junho, os dados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também apontaram para um desmatamento em torno de oitocentos quilômetros quadrados na Amazônia.

Sem saber a metodologia de cálculo do indicador de desmatamento, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, Augusto Heleno, declarou que os índices de desmatamento são manipulados. No entanto, a declaração foi feita sem nenhum embasamento científico a respeito do formato de mensuração do desmatamento.

Em meio a esse cenário de supressão da biodiversidade, o Brasil corre o risco de perder os recursos do Fundo Amazônia devido à incapacidade do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, que extinguiu com o Comitê Orientador do Fundo Amazônia, bem como e planeja retirar um conjunto de regras de participação social e de controle de desempenho dos projetos financiados.

Em meio ao impasse, o governo alemão já deixou de repassar para o fundo cerca de 151 milhões de reais neste ano. Os embaixadores da Noruega e da Alemanha, doadores majoritários do fundo, declararam que o Fundo Amazônia pode acabar caso o governo brasileiro não repense sua atuação.

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