"Vivemos uma crise que não diz respeito apenas ao PT. É uma crise do financiamento da democracia, um colapso do sistema político brasileiro. É preciso pensar soluções".PT_brasil_abrtura1 Para refletir sobre um projeto nacional para o Brasil, as fundações Perseu Abramo e Friedrich Ebert/Ildes reuniram cerca de 300 pessoas no último sábado, dia 19 de novembro, no Hotel San Raphael, em São Paulo. O seminário teve ainda enorme audiência pela Internet, com mais de 11 mil internautas – no período de pico – acompanhando os debates, em tempo real, através do Portal da Agência Carta Maior.

Na abertura, Hamilton Pereira, presidente da Fundação Perseu Abramo, destacou a importância do seminário, explicando que não se trata de uma discussão acadêmica, mas sim uma inserção no campo da disputa ideológica do país. "Vivemos uma crise que não diz respeito apenas ao PT. É uma crise do financiamento da democracia, um colapso do sistema político brasileiro. É preciso pensar soluções", declarou.

Reiner Radermacher, diretor da Fundação Friedrich Ebert/Ildes, ressaltou o debate como um diferencial na relação do PT com sua militância e com a sociedade: "É mais fácil se fazer ouvir pelos governos em pequenos grupos organizados do que como multidão calada", disse.

PT_brasil_abrtura2 Ainda durante a abertura, Ricardo Berzoini, presidente do PT, apontou a necessidade de requalificar a relação do PT com a Fundação Perseu Abramo, para com isso gerar mais reflexão política. Berzoini avaliou que 2005 foi um ano difícil para o partido, porém, o Processo de Eleições Diretas (PED) veio mostrar que "a força do PT é a militância e sua inserção nas organizações sociais". Segundo ele, o partido passa agora por um processo de balanço de governo, mas não deve abrir mão de sua vida institucional. O presidente do PT chamou aatenção ainda para a campanha de arrecadação financeira do partido, que, focada nas pessoas físicas, tem o objetivo de mobilizar a militância.

Ao longo de todo o dia, discussões sobre estabilidade econômica, ética pública, projeto de nação e desenvolvimento contaram com a participação de sociólogos, advogados, economistas, jornalistas, dirigentes políticos e interessados em geral.

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