Os ex-ministros da Educação José Goldemberg, Murílio Hingel, Cristovam Buarque, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Renato Janine Ribeiro se reuniram na Universidade de São Paulo (USP) na terça-feira, 4 de junho, para apresentar seus posicionamentos contrários aos cortes na Educação.

Na carta divulgada pelo ex-ministros se lê que “contingenciamentos ocorrem, mas em áreas como Educação e Saúde, na magnitude que estão sendo apresentados, podem ter efeitos irreversíveis e até fatais.” Complementam que “Educação e Saúde devem ser preservadas e priorizadas, em qualquer governo”. São justamente estas duas áreas as que tiveram sua vinculação constitucional alterada pela Emenda Constitucional 95, a do Teto de Gastos.

Segundo a carta, o governo age de forma sectária, “sem se preocupar com a melhoria da qualidade e da equidade do sistema, para assegurar a igualdade de oportunidade. (…) Com espanto, porém, vemos que, no atual governo, ela [a Educação] é apresentada como ameaça.”

Os ex-ministros defendem também como valores fundamentais a liberdade de cátedra e o livre exercício do magistério. “Convidar os alunos a filmarem os professores, para puni-los, é uma medida que apenas piora a Educação, submetendo-a a uma censura inaceitável. Tratar a Educação como ocasião para punições é exatamente o contrário do que deve ser feito. Cortar recursos da educação básica e do ensino superior, no volume anunciado, deixará feridas que demorarão a ser curadas”.

O link para a íntegra da carta está aqui e o vídeo do evento de lançamento da carta está disponível aqui.

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