Desemprego no Centro-Oeste está três vezes maior
O número de desempregados na região Centro-oeste cresceu 29,1% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao quarto de 2018, o que correspondeu a 210 mil novos desempregados somente neste ano. No país como um todo este crescimento ficou em 10,2%, o que equivale a 1,2 milhões de novos desempregados nos três primeiros meses de 2019.
O crescimento do desemprego no primeiro trimestre de cada ano é recorrente, uma vez que se esgotam as tradicionais vagas temporárias de fim de ano. Mas o desempenho do mercado de trabalho da região Centro-oeste ainda assim permanece negativamente surpreendente, uma vez que estes números, em 2017 e 2018, foram de 10,7% e 12,6% respectivamente. Na região, o estado que apresentou o menor crescimento de desempregados foi o Distrito Federal (17,7%). No entanto, os demais apresentaram altas taxas: Mato Grosso do Sul (35%), Mato Grosso (34,1%) e Goiás (32,3%). O único outro estado que apresentou taxas de similar proporção foi o Acre (33,3%).
Os setores industrial e de construção civil foram responsáveis por 63,6% da redução no número de ocupados da região em 2019, ao passo que a administração pública correspondeu a 25,5% e a agricultura a 13,6%. Para o Brasil, os dois primeiros setores corresponderam a 45,6%, 38% das vagas de emprego perdidas, respectivamente. Já o setor agrícola empregou 33 mil novos trabalhadores no período.
À exceção da região Nordeste, que apresentou o menor crescimento de desemprego do país (6,2%), as demais regiões obtiveram resultados não muito distantes da média brasileira (10,2%). A região Sudeste é a que concentra o maior número de novos desempregados, 558 mil pessoas, 45,2% do total.
Os resultados do mercado de trabalho demonstram que a tão propagandeada retomada do emprego não vem acontecendo, muito pelo contrário. O transitar dos discursos “é só derrubar a Dilma que melhora”, “é só fazer a reforma trabalhista…”, “é só eleger o capitão…” mostra apenas a substituição das desculpas para a retirada dos direitos, liberdades e qualidade de vida da população. A desculpa da vez todos sabem, é a Previdência.