O presidente Jair Bolsonaro (PSL) embarcou para os Estados Unidos no dia 14 de maio pela segunda vez desde o começo de seu mandato. O destino é a cidade de Dallas, no estado do Texas, onde poderá receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos como personalidade do ano.

Antes de Dallas ser confirmada, era para ser Nova York, onde estava previsto um jantar no Museu de História Natural. Entretanto, o museu recusou-se a receber o presidente depois de ser pressionado pela sociedade devido ao posicionamento contra as minorias que Bolsonaro apresenta.

Depois de rejeitado pelo museu, o hotel New York Marriott Maqui se comprometeu a realizar o evento, mas este foi cancelado novamente devido às pressões. Três patrocinadores, a companhia aérea Delta, o jornal Financial Times e a consultoria Bain & Company também retiraram o patrocínio. Por fim, o atual prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, afirmou que Bolsonaro não era bem-vindo na cidade e pediu para que os locais não o recebessem pois ele era um “ser humano perigoso”.

Com os cancelamentos em Nova York, Bolsonaro chegou a cogitar não ir mais para os Estados Unidos, mas sua equipe decidiu mudar o evento para um lugar mais conservador, onde as ideias retrógradas do brasileiro não iriam repercutir de maneira tão negativa. Entretanto, mesmo em Dallas, onde supostamente deveria se sentir mais confortável, Bolsonaro enfrentou resistência, já que metade dos vereadores da cidade assinaram uma carta contra sua visita.

Esta tornou-se um arremedo de última hora e a agenda política “mais relevante” acabou sendo uma visita ao escritório do ex-presidente George Bush, que hoje somente cuida de seus negócios ligados ao petróleo. Apesar de republicano e conservador, é um crítico do presidente Donald Trump, do qual Bolsonaro é fã. Mais uma demonstração de que a política externa brasileira atual não consegue juntar “lé com cré”.

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