Na entrevista gravada durante o 3º Fórum do Pensamento Crítico, no cinquentenário do golpe militar de 1964, o político Waldir Pires, morto em 2018, relata que o golpe decretou cinquenta anos de paralisação no processo democrático do Brasil. Baiano, Waldir Pires nasceu na cidade de Acajutiba, no dia 21 de outubro de 1926.

Era formado em Direito e liderou o Movimento Antinazista. Na década de 60, exerceu a função de coordenador dos cursos jurídicos da Universidade de Brasília (UnB), onde era também professor de Direito Constitucional.

Além de governador da Bahia (1987-1989), foi deputado estadual (1955/1958) e deputado federal por três vezes (1959/1962), (1990/1993), (1999/2002). Ele também exerceu a função de consultor-geral da União, em 1963, na gestão do presidente João Goulart. O cargo era responsável pelas análises e pareceres da juridicidade e da constitucionalidade.

Em 2003, no governo Lula, foi nomeado ministro do Controle e da Transparência, o primeiro da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão de controle interno do Poder Executivo Federal responsável pela defesa do patrimônio público, combate à corrupção e incremento da transparência na gestão.

Além de ministro da CGU, Waldir Pires comandou também os ministérios da Previdência Social (1985/1986) e da Defesa (2006/2007). Em 2008, foi condecorado com o título de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira, que é concedido a brasileiros dedicados às causas nobres, humanas e sociais.

Seu último mandato foi como vereador de Salvador entre os anos de 2013 e 2016.

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