Pesquisa do Ibope divulgada em 20 de março mostra queda de quinze pontos percentuais na avaliação positiva do governo Bolsonaro desde a posse. Em janeiro, Bolsonaro tinha 49% de avaliação positiva, caiu para 39% em fevereiro e para 34% em março, mesma parcela que considera a gestão como regular. A avaliação negativa do governo subiu de 11% em janeiro, para 19% em fevereiro e 24% em março.

Em pouco mais de sessenta dias, Jair Bolsonaro perdeu praticamente um terço de seus apoiadores e tem o menor índice de aprovação de um governo em primeiro mandato há três meses da posse. Fernando Henrique Cardoso teve 41% de avaliação positiva aos 3 meses de seu primeiro mandato e 22% no segundo; Luiz Inácio Lula da Silva teve 51% de aprovação no primeiro mandato e 49% no segundo; e Dilma Rousseff teve 56% de aprovação aos três meses do primeiro mandato e 12% no segundo.

O Ibope também apurou a aprovação da forma como Jair Bolsonaro está governando o país. Apenas 51% dos entrevistados aprovam, 38% desaprovam e 10% não souberam opinar. A aprovação na forma como Bolsonaro está governando teve queda de 67% em janeiro, para 57% em fevereiro e 51% em março, com uma queda de dezesseis pontos percentuais, enquanto a desaprovação subiu de 21% para 31% e 38% em março, com crescimento de dezessete pontos percentuais.

A confiança em Jair Bolsonaro também foi abalada. Em janeiro, 61% confiavam no presidente eleito, taxa que caiu para 51% em fevereiro e chega a gora a 49%, contra 44% que não confiam, um crescimento na perda de confiança de catorze pontos percentuais desde a posse até março.

Os segmentos nos quais mais cresceram as taxas de desaprovação do governo foi entre os moradores das periferias brasileiras: 21 pontos percentuais dede a posse, entre os residentes nas cidades com mais de 500 mil habitantes e os que estão na faixa etária de 45 a 54 anos, pois provavelmente se sentem mais ameaçados pela reforma da Previdência.

Os evangélicos e moradores das regiões Norte/Centro-Oeste são os que mais aprovam a maneira como Bolsonaro administra o país, enquanto os moradores do Nordeste são os que mais a desaprovam e são os que menos confiam em Bolsonaro.

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