A diretoria da Fundação Perseu Abramo e toda a equipe do Curso Maestria “Estado, Governo y Politicas Publicas” manifestam sua profunda solidariedade ao nosso aluno e dirigente do PT de Atibaia, Geovane Doratiotto, que foi covardemente agredido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo na última domingo, 03/03. Em flagrante escalada autoritária, a violência contra o Geovani, que teve seu braço quebrado de forma vil e intencional, revela o inaceitável uso político das forças policiais que agora se voltam contra aqueles que atuam em defesa da democracia e dos interesses da classe trabalhadora.

Zelaremos com absoluta determinação pela reparação dessa violação aos direitos do Geovane.

Diretoria da FPA
Equipe do curso de Maestria

Para entender o caso:

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Geovane Doratiotto explicou a sequência de agressões sofridas no último domingo (03/03), que culminou na violência policial registrada em vídeo. Ele é advogado e secretário de organização do PT em Atibaia, e foi atacado durante uma ação promovida pelo partido no centro da cidade para conscientizar a população contra o assédio sexual no Carnaval.

Um grupo de pessoas na rua, percebendo que a ação era do PT, fez uma série de provocações e um rapaz deste grupo agrediu Geovane com socos e pontapés. Ele estava acompanhado por Phamella Dall Bello. Guardas municipais que estavam no local retiraram Geovane do tumulto e ele, acompanhado por Phamella, foi procurar ajuda no Pronto Socorro da cidade e para registrar o boletim de ocorrência. Já na porta do PS, sofreu novas agressões novamente por amigos do rapaz, e quando caiu no chão foi arrastado por um guarda municipal e um policial militar para dentro da recepção do PS com violência.

Segundo Geovane ele tentou explicar que era advogado, que estava tentado fazer o BO, mas o policial não deu atenção e o levou para o camburão algemado com duas algemas, sem explicar o motivo da prisão. Geovane foi levado para dentro da delegacia e o grupo que o agrediu ficou do lado de fora. Cercado pelo escrivão, delegado, policiais militares, Geovane questionou o motivo de estar preso e os policiais tiraram suas algemas. Ao questionar porque tinha sido algemado, conta Geovane, um dos policiais disse que ele merecia muito mais.

A resposta do policial indignou o advogado e – é nesse momento registrado por Phamella em vídeo – ele questiona o policial. Neste momento, o escrivão dá voz de prisão novamente e manda os agentes colocarem Geovane numa cela. Ele conta que não aceitou e exigiu a presença de um representante da OAB. Nesse momento um dos policiais deu uma gravata no advogado e outro puxou pelos braços, causando a lesão. A agressão afetou o movimento da mão esquerda do petista.

Depois de levado novamente ao PS para receber atendimento, Geovane teve que pagar fiança para sair da delegacia.

O PT e a Comissão de Direitos Humanos de Atibaia cobram investigação e apuração destes fatos violentos. Os excessos dos policiais foram denunciados à Corregedoria da Polícia Militar e os envolvidos foram afastados do serviço, segundo a Secretaria de Segurança Pública e a Ouvidoria da Polícia Militar de SP.

Ouça a entrevista:

Com informações da Rede Brasil Atual

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