Panorama Social da America Latina, lançado neste mês de janeiro, mostra que, se os avanços na redução da pobreza e da desigualdade na América Latina foram muito positivos nos anos 2000, desaceleraram a partir de 2015. Sobre a pobreza, em 2015 e 2016 há um novo aumento do percentual da população na pobreza e na pobreza extrema, após anos de queda. Já para 2017, há um aumento adicional da pobreza extrema na região, enquanto a taxa de pobreza não variou.

Estima-se que em 2018 182 milhões de pessoas fossem pobres na América Latina (29,6% da população) e 63 milhões (ou 10,3%) fossem extremamente pobres.

O documento ainda calcula a taxa de crescimento da renda necessária para fazer cair a pobreza à metade dos níveis atuais até 2030. Na comparação com outros treze países, o Brasil é o que precisaria apresentar a segunda maior taxa de crescimento da renda caso não haja queda na desigualdade no país, como mostra o gráfico. Somente Honduras apresenta uma previsão de taxa necessária de crescimento da renda maior que a do Brasil.

`