STF suspende investigação sobre ex-assessor de Flávio Bolsonaro
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, uma decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as investigações sobre Fabrício Queiroz, ex-motorista e ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro à época em que este era deputado estadual fluminense. A reclamação foi protocolada no STF pelo próprio Flavio Bolsonaro. Queiroz movimentou 1,2 milhão de reais em um ano, valor incompatível com sua renda de acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Entre as movimentações, um cheque de 24 mil reais destinado à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Entre as movimentações financeiras de Queiroz, incluem-se transações entre as contas do ex-assessor e sua filha, Nathalia Queiroz. Nathalia foi assessora do gabinete de Jair Bolsonaro até novembro de 2018 e repassava até 99% de seu salário para Fabrício. O gabinete de Bolsonaro registrou frequência de quarenta horas semanais de Nathalia Queiroz em Brasília, embora ela trabalhasse como personal trainer de celebridades no Rio de Janeiro.
Fabricio Queiroz faltou aos depoimentos no Ministério Público, mas deu entrevistas ao SBT sobre o caso, no qual afirma que movimentou 1,2 milhão de reais por “ser um cara de negócios e revender carros”. No entanto, Jair Bolsonaro havia afirmado que o cheque de 24 mil tinha sido pago por causa de um empréstimo que fez a Queiroz por este passar por dificuldades financeiras.
Queiroz afirmou que faltou aos depoimentos por estar fragilizado devido a problemas de saúde e está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais caros da cidade de São Paulo, mesmo hospital onde o presidente eleito foi internado após a facada que sofreu durante o período eleitoral. Na semana passada, viralizou na internet um vídeo de Queiroz dançando no quarto onde está hospitalizado.
Nesse novo capítulo do caso, o ministro Luiz Fux acatou quase de imediato o pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro. O relator do caso no Supremo, ministro Marco Aurelio Mello, deverá pronunciar-se sobre a continuidade do caso.