A campanha presidencial de 1994 começou com altos índices de intenção de voto para Lula. Mas as elites dominantes unificaram-se numa aliança férrea em torno da candidatura de FHC, com o apoio quase unânime da mídia, e souberam explorar os efeitos imediatos do Plano Real, que o PT subestimou e não conseguiu desmistificar.

Cansada de anos de hiperinflação, a maioria da população votou no candidato oficial. Colocado contra a parede, numa época de ascensão internacional do neoliberalismo, de estigmatização da esquerda (mesmo daquela que já nasceu contrária ao "socialismo real") e dividido sobre a estratégia a seguir, o PT sofreu uma derrota histórica, que transcendeu a derrota eleitoral.

Temendo uma polarização, que não a favorecia, a direita passou todo o ano de 1993 procurando um candidato que aparentasse ser de centro.

Vários cartunistas apoiadores da campanha de Lula criaram o gibi Sapo Barbudo (apelido dado a Lula por Brizola) para a campanha