Quais são os fundamentos do movimento Escola sem Partido (ESP)? Quais são seus objetivos? Quais riscos representa? Tais perguntas são alvo do livro “A ideologia do movimento Escola sem Partido“, que reúne artigos de vinte autores que abordam o movimento sob diversos ângulos.

Em um dos artigos do livro, “14 perguntas e respostas sobre o “escola sem partido”, Rodrigo Ratier questiona a ideia de que os professores formariam um “exército de militantes”, como propõe o movimento. Para ele, tal ideia seria frágil e controversa, pois baseada em “pesquisa de 2008, encomendada pela revista Veja ao Instituto CNT/Sensus.

Na sondagem, 78% dos professores dizem que a principal função da escola é “formar cidadãos”. Para o ESP, isso equivale a “apenas e tão somente martelar ideias de esquerda na cabeça dos estudantes”. Ou seja, para o movimento, “formar cidadãos” equivale a doutrinar os estudantes. Por outro lado, apota que os dados de filiação partidária de professores que se tem são antigos – de 1996 – e indicam uma filiação de 10%, acima da média de 4% da poplação brasileira, mas baixa demais para caracterizar um “exército de militantes”. Ainda, à época, as filiações ocorriam em espectro variado do campo político.

Sobre a interdição ao debate de gênero nas escolas, como deseja o movimento, o autor aponta que este não é o caminho escolhido por países em que os estudantes têm alto desempenho. Inclusive, cita o autor que “a Unesco, braço da ONU para Educação, Ciência e Cultura, reconhece a Educação para a Sexualidade como uma abordagem culturalmente relevante para ensinar sobre sexo e relacionamento de uma forma cientificamente precisa, realista e sem julgamentos”.

Acesse o artigo completo, com as catorze perguntas e respostas.

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