Em estudo lançado nesta semana, a ONG inglesa Oxfam defende que a situação fiscal não pode fazer o país perder a dimensão de prioridades, como o combate às desigualdades. Por isso, a ONG conclama a revisão do Teto de Gastos.

Em suas palavras, apontam que “olhando para os gastos sociais, há muito o que fazer. Melhorias podem ser alcançadas com um aumento da qualidade do gasto em geral (transparência, progressividade e efetividade). Permanece urgente a revogação do “Teto de Gastos”, um limitador para a retomada da redução de desigualdades estruturais no Brasil.”

A ONG, que se caracteriza por realizar estudos e iniciativas contra a pobreza e a desigualdade, tem se destacado na denúncia da concentração de renda no país e em seus efeitos, em especial para os negros e as mulheres. Em 2016, lançaram um documento chamado “A desigualdade que nos une”. Agora, em 2018, o nome do estudo que segue metodologia semelhante é “Um país estagnado”.

Katia Maia, diretora executiva, e o presidente do conselho deliberativo, Oded Grajew afirmam que houve uma estagnação na redução da distância entre ricos e pobres no Brasil e que há uma ausência de medidas necessárias para enfrentar esse desafio. “É este o projeto pactuado na Constituição Cidadã de 1988 e que, por vezes, se mostra esquecido por quem toma decisões no país. É preciso retomá-lo com força, lutando por uma causa que deveria sempre unir a sociedade brasileira – a redução de desigualdades”, defendem os integrantes da Instituição.

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