O Ibope divulgou ontem nova pesquisa de intenções de voto para Presidência da República. Apesar do instituto não considerar os eleitores que se abstiveram nas últimas eleições, o resultado apresentado indica um momento de estabilização no cenário, em relação às últimas pesquisas do instituto. Haddad cresceu dois pontos percentuais, chegando a 23%, e Bolsonaro para 32%, ambos na margem de erro.

De acordo com o Ibope, Haddad vence Bolsonaro no segundo turno por 43% a 41%. No primeiro turno, Haddad lidera entre os que possuem até a quarta série do ensino fundamental, com 34%, seguido de Bolsonaro, com 17%, e entre os que têm escolaridade da quinta àoitava série. Também entre os que possuem renda familiar mensal menor que um salário mínimo (33% contra 19% do segundo colocado) e os residentes na região Nordeste (36%).

Os segmentos da população em que Bolsonaro tem o melhor desempenho são os mais ricos e escolarizados. Entre os homens, Bolsonaro tem vantagem de 15% sobre Haddad, distância que entre os com ensino superior chega a 29%, e entre os com renda maior que cinco salários mínimos chega a 40%. A agenda econômica de Bolsonaro é neoliberal assim como a de Temer, e é defendida pelos segmentos mais ricos, que são avessos a temas como distribuição de renda, tributação progressiva e à reversão de alguns padrões históricos de dominação social brasileiros, como políticas que incentivam a entrada de mais pobres nas universidades, garantem direitos trabalhistas a trabalhadores precarizados, e combatem o machismo e o racismo.

Essas camadas aderem cada vez mais ao fascismo para derrotar o PT, e esse discurso começa a transbordar para outros segmentos, resultado da irresponsabilidade histórica e política do PSDB, que, não satisfeito em fomentar os setores mais conservadores para dar um golpe, fomentou nas últimas semanas o antipetismo visceral com uma campanha terrorista.

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