O desembargador Kássio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), derrubou em 3 de setembro a liminar que suspendia o registro e a venda de produtos à base do agrotóxico glifosato. O uso deste na produção agrícola havia sido suspenso pela 7ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizasse uma reavaliação toxicológica do produto.

O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP-MT) comemorou a decisão que favorece os ruralistas, ao mesmo tempo em que coloca em segundo plano a saúde da população, a alimentação saudável e o meio ambiente. A reação pública de Maggi em seu Twitter mostra que o Ministério vem atuando em causa própria, uma vez que o ministro é dono de um conglomerado de cultivo de soja, comércio de matérias primas agrícolas e também de venda de agrotóxicos.

O uso de agrotóxicos como o glifosato é condenado por diversas instituições, entre elas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Nacional de Câncer, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Associação Brasileira de Agroecologia, a Anvisa e o Ibama, assim como a própria Organização das Nações Unidas (ONU).

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