Aumento do gás de cozinha com Temer só não é maior do que com FHC
O preço final ao consumidor do botijão de gás (13 Kg) chegou a R$ 68,68 na semana de 16 a 21 de julho deste ano. O valor médio de venda variou de R$ 60,73 no Rio de Janeiro a R$ 97,34 no Mato Grosso, chegando a ser vendido por até R$ 115,00 neste último. Considerado o período integral dos mandatos dos últimos quatro governantes brasileiros, o preço gás de cozinha voltou a crescer acima da inflação com Temer.
Nos últimos treze meses concluídos de governo Temer (maio de 2016 a junho de 2018) o gás de cozinha passou de R$ 53,38 para R$ 68,77, um aumento real (já descontado a inflação) de 20,1%, ou 1,5% ao mês. Este crescimento do preço só não foi maior do que no período de governo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), quando o valor nominal do botijão de gás passou de R$ 5,60 para R$ 28,05, o que representou um aumento real no período de 300,2%, algo como 3,1% médios para cada um de seus 96 meses de gestão.
No governo Lula os preços inicial e final do botijão de gás foram de R$ 29,35 e R$ 38,30 respectivamente, o que correspondeu a uma redução no preço real de 26,2% no período, ou 0,3% ao mês, permitindo que muitas famílias deixassem de utilizar carvão, lenha ou etanol para preparar sua refeição. Outra medida importante foi tomada em 2008, quando o gás de cozinha foi incluído na cesta básica, fazendo com que o ICMS deste produto baixasse de 17% para 1%.
No período do governo Dilma (janeiro de 2011 a maio de 2016) o botijão aumentou nominalmente de R$ 38,34 para R$ 53,38, o que, descontado a inflação, representou uma redução total de 7,1%, ou 0,1% médios ao mês.
Estes recentes aumentos possuem outras consequência infelizes, como o crescente número de pessoas dando entrada em hospitais com queimaduras provocadas por álcool, etanol ou gás clandestino, utilizados como alternativas mais baratas ao botijão de gás tradicional.