Trabalho de cuidado, pago ou não pago, é crucial para o futuro do trabalho decente em um mundo de populações crescentes, sociedades que envelhecem, famílias que se modificam, o status secundários de mulheres nos mercados de trabalho e reduções das políticas sociais. É o que discute publicação “Trabalho de cuidado e empregos de cuidado: para o futuro do trabalho decente”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Cada vez mais a organização tem chamado a atenção para essas temáticas.

O cuidado é definido no documento como atividade direta, pessoal e relacional, como alimentar um bebê ou cuidar de um parceiro doente, ou atividades indiretas de cuidado, como limpeza e cozinha.

Segundo o documento, mudanças nas estruturas familiares, maiores razões de dependência (mais pessoas que demandam cuidado versus menos pessoas disponíveis para cuidar) e mudanças nas necessidades de cuidado, acompanhadas de mudanças nos níveis de emprego das mulheres em certos países reduziram a disponibilidade de trabalho de cuidado não pago e resultaram no aumento da demanda por trabalho de cuidado pago.

Caso não seja resolvida por políticas de cuidado adequadas, a ampliação das demandas por cuidado deve continuar ampliando os limites à participação das mulheres na força de trabalho, além de sobrecarregar ainda mais os trabalhadores do cuidado e ampliar as desigualdades de gênero, diz o relatório.

 

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