A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann enfrenta, nesta terça (19-06), julgamento pela 2ª Turma do no Supremo Tribunal Federal (STF), composta por Ricardo Lewandowski (presidente), Edson Fachin (relator), Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello (revisor). A ação é fruto de uma denúncia feita em 2016, pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de suposto desvio de um milhão de reais oriundos de contratos com prestadoras de serviços da Petrobras, para a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.

As denúncias contra ela, o seu marido, Carlos Bernardo, então ministro do Planejamento, e o empresário Ernesto Kugler baseiam-se exclusivamente em depoimentos dos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa e Pieruccini. A senadora afirma que “se trata de acusação forjada nos subterrâneos da Lava Jato, onde criminosos condenados negociam benefícios penais e financeiros em troca de delações mentirosas, que servem à perseguição política contra o PT e os nossos dirigentes”.

Contra Gleisi, pesa a acusação é de que ela foi omissa, que tinha o dever de fiscalizar os atos praticados por órgãos da administração pública. Em resposta, Gleisi afirmou: “nunca estive com Paulo Roberto Costa, eu não estava na Casa Civil, eu nem estava na política. Então não tem nenhum ato meu nesse processo e nem do Paulo”. A defesa dos petistas também afirma que Paulo Bernardo, como titular do Planejamento, não tinha influência sobre Paulo Roberto Costa.

As delações são contraditórias e uma delas chega a ter seis diferentes versões. Gleisi nega que tenha cometido irregularidades e afirma que está sendo injustamente denunciada, sem prova ou indício de crime. “Há quatro anos, aguardo o desfecho dessa trama. Nada vai apagar o sofrimento causado a mim e à minha família, os danos à minha imagem pessoal e política, mas vejo com alívio o dia em que a Justiça terá a oportunidade de me absolver e restaurar a verdade”.

A senadora incomoda porque é corajosa e assume com veemência as teses do PT, coloca-se firmemente no debate público com clareza e convicção. Como advogada e presidenta do partido, tem sido visita frequente e estado muito próxima do ex-presidente Lula, desde que está preso em Curitiba, e portadora de suas mensagens para o partido e seus eleitores. O julgamento de Gleisi Hoffmann é mais uma tentativa da Lava- Jato de calar Lula e o PT.

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