As mulheres brasileiras continuam enfrentando o chamado “teto de vidro”, a representação simbólica de uma barreira sutil, mas ao mesmo tempo forte, que dificulta muito a ascensão aos cargos de comando das empresas. É o que mostra o estudo Mulheres executivas brasileiras: o teto de vidro em questão, de Carolina Maria Mota Santos, Betania Tanure e Antonio Moreira de Carvalho Neto, pesquisadores da PUC-Minas.

Os autores realizaram pesquisa qualitativa com 47 executivas que conseguiram chegar aos três níveis mais altos de grandes organizações situadas no Brasil. Segundo eles, os resultados confirmam a literatura quanto ao fenômeno teto de vidro, mas “na perspectiva delas as barreiras, mesmo existentes, não impedem o crescimento”. No entanto, ressaltam os autores que as companhias podem estar suavizando a questão, pois apenas 23% das executivas brasileiras de nível estratégico são mulheres.

É importante lembrar também que o teto de vidro continua sendo uma barreira às mulheres brasileiras apesar da conquista de melhores índices educacionais (mais anos de estudo) em relação aos homens, o que mostra que somente ampliar os anos de estudo da população não resolve o problema da desigualdade.

Apesar de essa ser uma preocupação importante na luta pela igualdade de gênero, deve-se lembrar que na outra ponta – na pobreza – estão também muitas mulheres brasileiras: a pobreza brasileira tem rosto feminino (e negro).

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