Por Malu Viana*

Sim, estamos migrando para uma nova ERA, para a Era Digital, e se faz necessário debatermos sobre o impacto deste processo de transição da TV analógica para digital para o conjunto da sociedade brasileira. O que de fato temos a ver com isso? Quais os pontos positivos e negativos do impacto deste processo em nossas vidas?

Neste caso e por este motivo destaco aqui alguns pontos e outros importantes elementos para contribuir com esta pauta de discussão que são de suma importância e necessários para este importante debate para a sociedade civil e todo cidadão e cidadã brasileiros. A condução deste processo de transição no Brasil já perdura há muitos anos.

O debate entre governos e entidades e organizações da sociedade civil teve forte impacto destas importantes decisões sobre este processo no Brasil. Sempre foi apontado e dialogado e quais os reais pontos positivos e negativos para a sociedade brasileira estar inclusa, ativa, neste processo?

Cito algumas iniciativas e agendas desenvolvidas em âmbito nacional e internacional que adentra neste assunto: 13ª Oficina de Inclusão Digital (OID), Fórum Internacional de Software Livre (Fisl), entre outros que fomentam e propiciam debates entre governo, sociedade civil, entidades e terceiro setor.

Lembrando que temos um grande desafio para a inclusão de habitantes de comunidades rurais, urbanas, regiões ribeirinhas, associação de pescadores, assentamentos rurais e urbanos, comunidades em situação de risco, vulnerabilidade e exclusão social e de difícil acesso, população quilombola e indígena, organizações, entidades e coletivos.

Propor para os habitantes do campo e da cidade inclusão e acesso e a participação junto às inovações tecnológicas e campos de fomento e financiamento para o desenvolvimento de pesquisas. Isso é importante para que haja um debate amplo e integral sobre o tema e que de fato atinja comunidades rurais, urbanas e todas as periferias. Em todos as formas de comunicação, por exemplo: audiovisual, radiofusão, vídeo, cinema, TV comunitária e alternativa, digitais incluindo ativismo com uso das tecnologias digitais, internet, desenvolvimento de novas tecnologias e jogo eletrônicos. É preciso que trabalhemos no desenvolvimento de cursos, oficinas, seminários, palestras, projetos de profissionalização, incentivo à produção local comunitária e alternativa que contemple a diversidade e a pluralidade e a participação popular e comunitária de associações de bairro, escolas comunitárias, ONGs, cooperativas, instituições sociais e culturais, lideranças e agentes comunitários, artesãos, artistas e talentos locais modo geral.

Nossa atenção tem que ser no financiamento e desenvolvimento da cadeia produtiva e focarmos para que o debate seja feito com a devida propriedade. Para que no Brasil milhões de brasileiros não fiquem para trás em relação às nações que já estão avançando ou em processo de migração de seus sistemas. É preciso contar com a participação de diversos setores da sociedade envolvidos no processo pois isso fara com que o Brasil realmente obtenha reais condições de inserir-se qualitativa e potencialmente em âmbito global, tendo uma real inclusão de setores historicamente excluídos de oportunidades para desenvolver e participar de uma transição para a era digital e fortemente tecnológica que de fato seja plural e verdadeiramente democrática para o desenvolvimento deste imenso, diversificado e plural país.
Que tenhamos todos e todas um ótimo debate!

* Malu Viana é rapper, radialista, produtora cultural, graduanda em Serviço Social e educadora social.

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