É bem difícil resenhar sobre músicas e composições. Difícil descrever aquele sentimento que a música, a letra, o conjunto da obra fazem a gente ficar maravilhada e feliz.

Mas o trio Zé Pereira tem um som tão contagiante que vale a tentativa de instigar a leitora e o leitor a ouvirem o seu trabalho. O trio paulista tem três anos de vida e é formado por Felipe de Paula (voz e guitarra), Felippe Rodrigues (voz e bateria) e Lucas Pierri (voz e baixo).

Nos últimos tempos é possível assistir (e dançar) aos shows deles em ambientes como o projeto Barulho Lab, do Coletivo Digital, ou o Al-Janiah. A discografia também está de fácil acesso, tudo disponível nas plataformas digitais da moda.

O nome Zé Pereira, explicou Felipe de Paula, “tem uma pequena relação com a marchinha e personagem carnavalesco de mesmo nome, sim. Mas mais pelo fato do Zé Pereira do carnaval não ter uma origem muito definida, dizem que começou no Rio, outros dizem que foi em Minas, outros apostam em Portugal. Daí então escolhemos o nome, porque nosso som, apesar de ser feito em São Paulo, tem influências de vários lugares, do Norte, Nordeste, de alguns países da América Latina”.

Na rede social se apresentam como gênero ‘plural’, e o CD foi realizado por meio de financiamento coletivo, “um álbum de cores e sonoridades quentes”, explicam eles no site oficial. Ao vivo, eu diria que eles fazem um som dançante engraçado muito bom, um mix de carimbó com brega urbano, xote e uma pitada de crítica social com muito molejo, “com estética definida como Tropical Concreto, que passeia por ritmos regionais do Norte e Nordeste e se mistura com a temática árida da capital paulista. É um álbum reflexivo e solar que fala de quereres, movimentos, das dificuldades de ser, de estar e de viver em uma metrópole como São Paulo”.

Te mete, parça!, Pulso e Arrocha são três músicas do CD que exemplificam bem essa relação com a cidade, sendo a última uma irônica e agradável descrição da vida (dura e arrochada) dos usuários do metrô de São Paulo. Zé Pereira, o álbum completo com suas dez músicas inéditas, pode ser ouvido aqui. Mas há também duas outras gravações incríveis e que valem ser ouvidas: as versões de Carcará e Leque Leque, que, segundo Felipe de Paula, “se encaixam super bem nos shows”. E ele tem razão. O quintal do Coletivo Digital veio abaixo quando tocaram essas duas.

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