A primeira comemoração do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora após a entrada em vigor da Reforma Trabalhista focou seus eventos pelo Brasil na defesa da liberdade do ex-presidente Lula. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) programou atos em diversas cidades, mas o principal ato deste ano foi em Curitiba, onde Lula está preso injustamente. O ato na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, reuniu milhares de pessoas de todo o país e foi considerado o maior ato de 1º de maio, dos últimos 35 anos no Brasil. Curitiba mostrou que Lula não está sozinho.

O evento, promovido pelas sete maiores centrais sindicais do Brasil – CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical, unificou-as em torno da mesma pauta, a defesa da democracia, e reivindicou a liberdade do ex-presidente, com o lema “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”. Segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, “é o maior ato desde a criação da CUT, em 1983.” Disse que esse é um momento histórico, em que a defesa dos direitos dos trabalhadores, contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, e a defesa da democracia, contra os atos fascistas (referindo-se aos tiros na caravana e no acampamento), precisam ser reforçadas.

A senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, leu uma carta de Lula e garantiu que ele será candidato a presidente da República. Também estiveram presentes os pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D´Ávila (do PCdoB). Ela fez uma fala enfática em defesa do ex-presidente Lula, contra a prisão do maior líder popular que a classe trabalhadora produziu e o primeiro presidente operário da nossa história. Lula foi o melhor presidente de nossa história, lidera todas as pesquisas de intenção de voto e é um preso político.

Além da prisão de Lula, também foi o foco do 1º de maio a crítica à reforma trabalhista, que, ao contrário do que o governo anunciou, não gerou empregos nem os modernizou, mas precarizou ainda mais os já existentes e desmantelou a justiça trabalhista. Os sindicatos e centrais sindicais reclamaram a insegurança jurídica gerada para os trabalhadores desde que a reforma trabalhista entrou em vigor: agora o próprio trabalhador deve arcar com os custos dos processos trabalhistas movidos na Justiça contra empresas; os acordos trabalhistas para definição de pisos e regras para as categorias, com a reforma perdem prioridade, passando a valer o acordado sobre o legislado; e o fim da contribuição sindical, que afeta diretamente os sindicatos.

Em pronunciamento de pouco mais de quatro minutos, nas redes sociais, sobre o Dia do Trabalhador, Michel Temer pediu que os desempregados não percam a esperança. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o país encerrou o primeiro trimestre com uma taxa de desemprego de 13,1% cento, mais de 13,689 milhões de trabalhadores desempregados. Esse é um dos principais fatores para a baixíssima popularidade do governo Temer, cuja desaprovação chega a 94%, segundo dados do Ipsos, divulgados também na semana passada.

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