Após o fim da janela partidária, período no qual deputados estaduais e federais podem trocar do partido sem o risco de perda do mandato, a bancada do Partido dos Trabalhadores firmou-se como a maior da Câmara. O PT perdeu dois deputados federais, um para o PcdoB (Givaldo Vieira, do ES) e outro para o PDT (Chico D’Angelo, do RJ), mas ganhou um após a filiação do ex-ministro Celso Pansera, ex-MDB. Tal acontecimento é mais uma resposta às falsas profecias que anunciavam a morte do Partido dos Trabalhadores e dá força ao papel político que a bancada terá na defesa da liberdade de Lula e de seu direito a ser candidato à presidência da República.

Com a reconfiguração das bancadas, o partido que mais diminuiu foi justamente o que usurpou a presidência da República: o MDB perdeu dezesseis deputados. Já o DEM, partido do presidente da Câmara e pré-candidato à presidência, Rodrigo Maia, filiou catorze deputados federais. O PSL, partido do pré-candidato Jair Bolsonaro, ganhou sete deputados. Com a diminuição do MDB, o PP tornou-se o partido com a segunda maior bancada na Câmara, o que deve ser decisivo para a negociação de seu apoio nas eleições deste ano.

Além do impacto na construção de coligações para as campanhas presidenciais, as mudanças também têm influência da construção de alianças para as eleições de governadores e na própria construção de candidaturas à reeleição dos deputados. Isso porque muitas negociações foram pautadas no volume de recursos do fundo eleitoral que seriam oferecidos pelos partidos às candidaturas, visto que o financiamento desta eleição será majoritariamente público. De acordo com informações veiculadas na imprensa, partidos grandes e médios estariam oferecendo dois milhões de reais para campanha de deputados que migrassem, além de promessas de controle de diretórios municipais e estaduais.

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