No último mês de fevereiro o indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de “Consumo Aparente de Bens Industriais” registrou uma queda de 1,6% em relação ao mês imediatamente anterior, depois de ter crescido 1% entre dezembro e janeiro. Considerando separadamente os dois componentes que são utilizados pelo Ipea no cálculo do Indicador de Consumo Aparente, observou-se uma retração tanto na “Produção de Bens Industriais Líquidos de Exportações” (-1,2%) quanto no Consumo de Bens Importados (-2,8%).

Além disso, outro dado que apontou para a perda de dinamismo do setor foi a maior disseminação dessa tendência de queda entre as classes de produtos que são acompanhadas pelo Instituto. Das 22 analisadas, apenas onze mantiveram-se no campo positivo. Entre as classes de produtos que compõe a indústria de transformação (cuja queda do Consumo Aparente foi de 2,5% no mês), as principais contrações foram verificadas nas indústrias de alimentos (-4,4%), de fumo (6,9%), gráfica (13,4%) e de produção de coque e derivados de petróleo (-4,1%). Já entre os setores que registraram variação positiva os destaques foram as indústrias química (+5,8%), de máquinas e equipamentos (+2,6%) e automobilística (1,5%).

Assim, embora no acumulado nos últimos doze meses o indicador de Consumo Aparente do Ipea ainda revele um avanço importante (+4,1%), os dados da margem – assim como os últimos números da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE – sugerem que a recuperação da indústria que se observou em 2017 vem perdendo intensidade neste início de ano.

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