Na manhã desta quinta-feira, 29 de março, a Polícia Federal prendeu o ex-assessor especial da presidência da República, José Yunes, e o ex-coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, João Baptista Lima Filho, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Também foram presos o dono da empresa Rodrimar, Antonio Greco, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, do MDB. Todos são próximos ao presidente golpista Michel Temer, acusado de ter beneficiado empresas no decreto dos portos, incluindo a empresa Rodrimar, em troca de vantagens indevidas. Com o avanço das investigações, Temer pode ser denunciado novamente pela PGR.

Yunes e coronel Lima, assim como o deputado Rocha Loures (MDB-PR), são acusados de terem recebido pacotes de dinheiro em nome de Temer. Já Wagner Rossi foi presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), administradora do Porto de Santos, onde as empresas beneficiadas atuavam. Temer já teve seu sigilo bancário quebrado a pedido do ministro do STF Luis Roberto Barroso, responsável por autorizar as prisões.

Se enfrentar uma terceira denúncia da PGR, dessa vez feita pela procuradora-geral Raquel Dodge, Temer estaria em um cenário diferente das duas primeiras, feitas pelo ex-procurador geral Rodrigo Janot: nessas, a Câmara dos Deputados assumiu o desgaste de livrar o presidente de investigações por corrupção, desgaste responsável pela diminuição cada vez maior da base aliada que apoia o Planalto. Dessa vez, no entanto, parlamentares estão dispersos e aderindo a pré-candidaturas a presidência da República para além do pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles. Resta saber se os deputados estariam dispostos, às vésperas da eleição, a mais uma vez livrar a barra do presidente.

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