O Boletim de Análise da Conjuntura de março traz uma ampla cobertura do assassinato da vereadora do PSol, Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em plena intervenção federal na cidade do Rio de Janeiro. Nas seções Política e Opinião Pública, Comunicação e Movimentos Sociais, são analisados os desdobramentos e repercussões do crime nas instituições políticas nacionais e internacionais, a comoção popular e reação dos movimentos sociais e o posicionamento da imprensa nacional e estrangeira a respeito, bem como sua repercussão nas redes sociais online.

Na seção Golpe contra o Estado se reporta que a Comissão de Minas e Energia do Congresso Nacional acelerou a tramitação do projeto de lei proposto pelo Executivo e que visa implementar transformações na política para o gás natural. A nova proposta, chamada Gás para Crescer, objetiva substituir os princípios de autossuficiência e sustentabilidade pela priorização da atração de investidores externos e diversificação de agentes que atuam no setor.

Na parte Internacional, são abordadas as razões da substituição do secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, o resultado das eleições parlamentares na Colômbia e a renúncia do presidente do Peru, Pedro Paulo Kuczynski, que estava sob nova ameaça de impeachment. Também são analisadas a reeleição de Vladimir Putin para a presidência da Rússia e a aprovação de um novo governo pelo Parlamento alemão.

A seção de Política e Opinião Pública deste mês analisa as pré-candidaturas à presidência e o reordenamento das forças políticas na Câmara dos Deputados, gerados a partir da janela partidária. Também aborda as pesquisas de opinião, com destaque para os dados mais recentes de intenção de voto, rejeição, avaliação de governo, percepção sobre o caso Lula e apoio à intervenção no Rio de Janeiro.

Na temática Social, são estudados os últimos dados do mercado de trabalho, em especial da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (PNADC) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês do Dia Internacional da Mulher se faz um balanço de indicadores que demonstram a existência e persistência (e, em certos casos, ampliação) das desigualdades de gênero no Brasil, considerando homens e mulheres.

Na seção de Economia se mostra que embora pareça bastante certo que o PIB deverá crescer em 2018 a uma taxa mais alta do que a verificada no ano passado, os indicadores econômicos de janeiro e fevereiro vão confirmando que a esperada recuperação deve ser bastante precária, ainda quase exclusivamente dependente da expansão do consumo das famílias que, por sua vez, decorre do baixo patamar inflacionário, da gradual retomada do crédito ao consumidor e de alguma elevação das ocupações informais. É muito pouco para um país que viveu dois anos de profunda recessão, que possui doze milhões de desocupados e cuja renda per capita ainda está 10% abaixo do patamar registrado em 2013.

Em Territorial, a análise mostra que o desemprego de longa duração vem crescendo no país. E mulheres, jovens, pessoas de média e alta escolaridade e do meio urbano vêm sofrendo mais com isso.

Por fim, a seção de Movimentos Sociais discute os rumos autoritários da institucionalidade do país. Ditaduras são compostas por dois elementos: ruptura institucional e repressão. Se a ruptura institucional já ocorreu com o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma, a repressão ganha contornos preocupantes na conjuntura atual, o que demonstra a gravidade da instabilidade democrática brasileira.

[et_pb_top_posts admin_label=”Top Posts” query=”most_recent” period=”MONTH” title=”Mais Recentes”] [/et_pb_top_posts]

`