O governo Temer planeja liberar até 40% da carga horária do ensino médio e até 100% da carga na educação de jovens e adultos (EJA) para ser realizada a distância, segundo noticiado no dia 20 de março nos principais meios de comunicação. Essa mudança seria permitida através de uma atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio e permitiria que os alunos do ensino médio tenham até dois dias de aula por semana fora da escola.

A proposta está sendo amplamente criticada por especialistas da área da educação, que apontam principalmente a possibilidade de precarização ainda maior da educação pública, que hoje representa 88% das matrículas no ensino médio, segundo dados das Sinopses Estatísticas da Educação Básica do INEP de 2017.

Como avalia o professor Luiz Carlos de Freitas, essa medida estaria por trás da reforma do ensino médio realizada por Temer e ampliaria a segregação escolar, “criando escolas on line de baixo custo (e de baixa qualidade) para os mais pobres e mantendo a escola regular cada vez mais para as classes mais bem posicionadas financeiramente (principalmente aquelas em que os filhos não precisem trabalhar para sobreviver). De quebra, irá deslocar, com o tempo, o financiamento da educação para a iniciativa privada retirando recursos da escola pública e sua expansão. É questão de tempo o aparecimento dos vouchers (algo como uma bolsa) para estudantes em escolas on line privadas”, avalia o professor.

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