Dados divulgados hoje pelo IBGE mostram que a desigualdade de gênero continua se refletindo na repartição do trabalho doméstico no domicílio: em 2016, as mulheres gastaram quase duas vezes mais tempo por semana com cuidados de pessoas e afazeres domésticos que os homens no Brasil. Enquanto os homens gastaram em média 10,5 horas por semana com tais atividades, as mulheres gastaram 18,1 horas semanais.

Tal diferença tem ainda um viés racial, dado que as mulheres brancas gastaram 17,7 horas semanais com cuidados de pessoas e afazeres domésticos e as mulheres negras gastaram 18,6 horas. Já os homens brancos gastaram 10,4 horas semanais e os homens negros 10,6 horas semanais.

É ainda um mito que as mulheres se ocupariam mais do trabalho doméstico por não exercer atividade remunerada. As mulheres têm na verdade acumulado uma dupla jornada, conciliando o trabalho doméstico não remunerado ao trabalho remunerado, o que faz com que possam dedicar menos horas ao trabalho remunerado e seja uma das razões também para os menores rendimentos femininos no mercado de trabalho. Segundo o IBGE, em 2016, o rendimento médio mensal de uma mulher foi de R$ 1.764, enquanto o rendimento médio mensal de um homem foi de R$ 2.306.

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