Mais um tiroteio e massacre nos Estados Unidos
Na quarta-feira, 14 de fevereiro, aconteceu mais um tiroteio nos Estados Unidos e dessa vez o palco foi uma escola de ensino médio em Parkland, no estado da Flórida. Os números impressionam. Segundo o Gun Violence Archive, desde o começo do governo de Donald Trump, em 2017, houve 380 tiroteios em massa, 34 somente em 2018. E a maioria deles com um denominador em comum: atirador homem, branco e com tendências fascistas.
Em Parkland dezessete pessoas morreram e mais doze ficaram feridas. Quem disparou os tiros foi um ex-aluno da escola de 19 anos, Nikolas Cruz. Ainda, de acordo com suas mensagens em redes sociais e chats online, Nikolas era racista, xenófobo e anti-semita. Pregava assassinar mexicanos e colocar os negros na cadeia. Seu nome em um desses chats tinha uma bandeira dos Estados Unidos acompanhada de uma águia e da palavra “great”. Qualquer semelhança com o slogan utilizado por Trump “Make America Great Again”, obviamente, não é coincidência.
A resposta do presidente americano ao tiroteio foi inócua e, assim como em seus pronunciamentos após tiroteios anteriores durante seu governo, tergiversou sobre o tema do desarmamento. Trump culpou o ataque a uma suposta doença mental do atirador. Além disso, criou outro mal-estar com o FBI ao dizer que a Agência se distraiu investigando e tentando provar a influência da Rússia em sua eleição e não deu, por isso, a devida atenção à Flórida.
Sempre que ocorre uma tragédia como essa o tema do desarmamento vem à tona. A lei dos Estados Unidos assegura a posse de armas de fogo a seus cidadãos e há estimativas que dizem que o país possui a maior porcentagem armas de fogo/população do planeta, a qual seria 9/10. Porém, aprovar o desarmamento da população, ou até mesmo novas restrições para o porte de armas, seria impossível durante o governo Trump, pois um dos maiores lobistas de seu governo é a Associação Nacional do Rifle e seu eleitorado republicano é tradicionalmente a favor do porte de armas.
E os atiradores sabem disso. Sabem que têm como governante um homem branco com tendências fascistas e que dá apoio ao porte de armas. Por isso, não é de se espantar que os tiroteios tenham, infelizmente, aparecido com mais frequência a partir do governo de Trump. Os atiradores se sentem à vontade vendo no poder alguém igual a eles.
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