Jessica Monteiro: vítima da desigualdade, misoginia e racismo
Liberdade para Jessica Monteiro já! É um ato que está sendo organizado através das redes sociais, vai acontecer dia 23 de fevereiro em frente ao Masp, em São Paulo, e conta com 3 mil interessados que pretendem lutar pela mulher que foi presa no dia 10 de fevereiro por tráfico de drogas, mas que só estava com noventa gramas de maconha e mesmo depois de ter dado à luz, no dia 12, ainda está encarcerada com o seu filho. Mesmo sendo ré primária e a quantidade apreendida ser muito pequena a promotora Ana Laura Ribeiro Teixeira Martins pediu para que Jéssica continuasse presa.
A prisão de Jéssica expõe os problemas da sociedade brasileira como o racismo. A população negra continua sendo a maior prejudicada com essa falsa guerra às drogas, desigualdade social, onde os pobres recebem tratamento desumano, porque após três anos do caso do helicóptero que transportava 450 quilos de cocaína a mando de políticos ninguém foi julgado ou preso. Misoginia porque as mulheres presas são sujeitas a amamentarem seus filhos em um ambiente degradante e sujo como uma cela e a legalização das drogas, pois enquanto esse assunto continuar sendo um tabu casos como de Jessica continuarão existindo.
O advogado Roberto Tardelli, em um texto destinado a Ana Laura Ribeiro fala com indignação do pedido da promotora, que por grande ironia está grávida, mas mesmo assim impôs que outra mulher que já é mãe e acabou de passar por trabalho de parto continuasse na prisão com seu filho recém nascido. A empatia estaria sujeita apenas aqueles que são iguais social e economicamente e qualquer um que estivesse abaixo desse critério não mereceria exercer os seus direitos e muito menos ter benefícios.
Leia aqui a integra da carta à promotora.
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