Mesmo após o anúncio de que não seria candidato à Presidência da República, dentro da direita algumas movimentações apontam que não é possível desconsiderar o empresário e apresentador da TV Globo, Luciano Huck, como candidato apoiado pelo grupo político e econômico que deu um golpe no país para impor a agenda neoliberal.

Entre os acontecimentos recentes que corroboram essa reflexão estão o pedido de Huck para não ser retirado da lista de candidatos do instituto de pesquisa Ibope, segundo a imprensa, além de suas  declarações políticas em pleno domingo a noite, horário nobre da Globo, que resultaram em ação no Tribunal Superior Eleitoral. A ação foi movida pelos líderes do PT no Senado e na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), respectivamente, por abuso de poder econômico. Os parlamentares petistas afirmam que Huck utilizou da Rede Globo para se autopromover, “se beneficiando de uma estrutura midiática que nenhum outro pré-candidato terá acesso”.

Somam-se a esses fatos as recentes declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) em favor de sua candidatura, além da presença do estrategista da campanha do presidente francês Emanuel Macron em eventos do RenovaBR. Esse projeto, de cunho empresarial, é  apoiado por Huck e pretende formar candidatos para as eleições de 2018 por meio de capacitação, incluindo uma bolsa de estudos. De acordo com a imprensa, FHC se reunirá com Luciano Huck para tratar da candidatura. O apoio, no entanto, pode esbarrar nos planos do governador Geraldo Alckmin de disputar a Presidência da República pelo PSDB. Recentemente, o prefeito de São Paulo, João Doria esboçou uma ameaça aos planos de Alckmin, o que não surtiu efeito.

Em ato realizado na cidade de São Paulo em janeiro, o ex-presidente Lula afirmou que a possibilidade da candidatura de Huck demonstra a dificuldade da direita em achar um nome viável eleitoralmente que antagonize com o projeto defendido por Lula e pelo PT. Com a liderança isolada do ex-presidente, mesmo com toda a perseguição jurídico-midiática, a direita passa a “inventar nomes”, como fizeram em 1989 com a candidatura de Fernando Collor.

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