O sistema tributário brasileiro é altamente regressivo (isto é, os pobres pagam percentualmente mais impostos), o que se constitui em um entrave para a redução da desigualdade no país.

Os tributos sobre bens e serviços, chamados tributos indiretos, respondiam por 49,73% da carga tributária bruta total do Brasil em 2012, sendo que impostos sobre a renda e a propriedade (em tese tributos mais progressivos) correspondiam a somente 21,69% da carga tributária bruta naquele período, segundo estudo do pesquisador Fábio Castro.

O pesquisador mostra que de 2003 a 2012 a carga tributária bruta cresceu no Brasil em porcentagem do PIB (de 31,8% para 35,85%), mas seu perfil redistributivo continuou inalterado e com tendência regressiva, pois a tributação indireta participa com quase metade da carga.

A sociedade brasileira precisa debater como melhor repartir a riqueza nacional e em qual reforma tributária queremos. Tentativas de tornar o sistema tributário brasileiro mais justo devem rediscutir o papel, em especial, do imposto de renda de pessoa física, que em 2012 representava somente 2,73% do PIB e 7,61% da carga tributária bruta total.

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