A Oxfam publicou dados globais sobre a desigualdade de renda de forma a pressionar os países a tomar providências, às vésperas da reunião de Davos, que reúne os mais ricos e poderosos do mundo.

Segundo os dados da ONG, atualmente há 2.043 bilionários no mundo e sua riqueza aumentou 13% ao ano desde 2010 – seis vezes mais rapidamente do que os salários pagos aos trabalhadores, que tiveram aumento de apenas 2% por ano no mesmo período. Quanto à questão de gênero, a ONG mostra que nove entre cada dez bilionários no mundo são homens.

Enquanto isso, mais da metade da população mundial vive com renda entre US$ 2 e US$ 10 por dia. Assim, de toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% foi parar nas mãos do 1% mais rico do planeta. Só com o aumento da riqueza dos bilionários em nível mundial no ano passado teria sido possível acabar com a fome do mundo sete vezes, segundo cálculos da entidade.

Para o Brasil, a ONG relata que os 50% mais pobres do país viram sua fatia da riqueza nacional ser reduzida ainda mais, de 2,7% para 2%.
O ONG mostra que o mundo tem se tornado mais desigual com a ampliação dos laços entre política e poderes econômicos, que forçam a adoção de medidas que ampliam as desigualdades. No último ano, especialmente, a Oxfam aponta que a variação positiva das principais bolsas de valores do mundo elevoua o patrimônio dos mais ricos e que a quantidade de distribuição de lucros e dividendos também cresceu e ajudou a levar o patrimônio de ricos ao patamar bilionário, às custas da precarização de relações trabalhistas após a crise internacional de 2008, mas que chegou ao Brasil somente em 2017, com a reforma trabalhista.

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