Uma emocionante caminhada abriu nesta segunda-feira (21) as agendas de lutas do PT, partidos de esquerda e movimentos sociais em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato.

Mais de 2.500 manifestantes da CUT, MST e movimentos sociais se concentraram logo no início da manhã no antigo posto do ICMS na BR-290, passaram pela ponte do Guaíba, entraram na Avenida da Legalidade e caminham em direção do Anfiteatro do Por do Sol, onde foi montado o Acampamento da Democracia.

A alegria e a resistência deram o tom o da marcha, onde jovens entoavam gritos de guerra, famílias inteiras se emocionavam aos cânticos do MST, Via Campesina, Frente Brasil Popular e se somavam às centenas de caravanas vindas de todas as regiões do Brasil. A expectativa é que cheguem mais de 300 até o dia 23, quando começa a vigília na sede do TRF.

“Viemos aqui mostrar que estamos na luta com muita fé, muita alegria e esperança em defesa do ex-presidente Lula. Estamos com o Levante Popular, com MST e vários movimentos sociais. É uma emoção muito grande”, declarou a presidenta do PT Nacional, senadora Gleisi Hoffmann, que acompanhou a caminhada junto ao coordenador do MST João Pedro Stedile, dos líderes nas bancadas na Câmara e no Senado, Paulo Pimenta e Lindbergh Farias, da deputada Maria do Rosário e do deputado Décio Lima.

Também participaram nomes como o ex-governador Olívio Dutra, o deputado Pepe Vargas, o vice-presidente do PT Alexandre Padilha, o presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Edegar Preto, e o ex-ministro Miguel Rossetto.

Para o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, trata-se de uma resposta organizada e potente da classe trabalhadora diante do descabido processo jurídico e midiático contra Lula, condenado sem provas pelo juiz Sérgio Moro.

“Estamos nas ruas para mostrar que ninguém pode sofrer condenação sem provas, não aceitamos este golpe para a retirada dos direitos dos trabalhadores, e reafirmamos que eleição sem Lula é fraude”, afirmou.
Povo de luta
Além das caravanas, forças individuais também se somam aos atos. São pessoas que deixaram suas casas e viajaram por conta própria a Porto Alegre somando a luta. É o caso da Malvina Joana de Lima, que saiu sozinha de São Paulo e foi recebida no acampamento do MST.

“Eu vim porque estamos perdendo nossos direitos, estão roubando nosso salário e nossa aposentadoria. Há quinze anos eu não me reconhecia como cidadã, mas agora eu me reconheço por causa dos governos de Lula e Dilma. Então se estamos em uma guerra não podemos nunca abandonar um amigo”, declarou Malvina.

Lilian Goyen moradora do Rio de Janeiro também viajou para a capital gaúcha para se somar aos atos. Por conta própria, ela imprimiu panfletos explicando as ilegalidades da condenação do ex-presidente Lula e a violação dos direitos dos brasileiros após o golpe de 2016.

“Se o TRF aceitar a condenação do Lula ele estará indo contra a legalidade e contra o povo. Isso é ditadura. Se uma condenação sem provas acontecer vamos entrar em um regime fascista”, declarou Lilian enquanto panfletava pelas ruas de Porto Alegre.

Geraldo Magela chegou em uma das caravanas de Minas Gerais a tempo de acompanhar a marcha. Militante histórico do PT, Magela carregava um cartaz expondo a parcialidade de Moro, ao posar ao lado de lideranças tucanas. “Precisamos explicar que não deixar Lula ser candidato é parte da ruptura democrática que estamos vivendo desde o golpe de 2016”.

Cristina Soares, moradora de Pelotas (RS), também participou da marcha e vai passar os próximos dias no acampamento do MST. Ela faz parte de uma das 125 caravanas que saíram do interior do Rio Grande do Sul rumo à capital. “Vim com a caravana organizada pelo Levante Popular. Os atos desses dias são muito importantes para denunciarmos o golpe”.

Durante os próximos três dias, os mais de 2.500 militantes do MST vão ficar acampados próximo à sede do TRF e participar de atos que estão previstos para os próximos dias, incluindo uma segunda marcha até o TRF4 que dará início à vigília no dia 23 até o fim da sessão de julgamento no dia 24.

Por Ana Flávia Gussen da Redação da Agência PT de Notícias, enviada especial a Porto Alegre, com informações da CUT.

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