Embasados na experiência internacional de países que realizaram reformas trabalhistas que retiram direitos, os pesquisadores Carlos Salas e Tomás Rigoletto Pernías comprovam que reformas trabalhistas como a brasileira produzem mundo afora resultados negativos. Na Alemanha, na Espanha, no Reino Unido, na Itália, no Chile e no México, os resultados das reformas não comprovam o discurso da modernização, propagado pelos defensores da flexibilização.

Os dados para cada um dos países citados, que podem ser encontrados no primeiro texto do projeto “Subsídios para a discussão sobre a reforma trabalhista no Brasil”, mostram efeitos danosos no mercado de trabalho, na estrutura social e na desigualdade. Segundo os autores, pode-se afirmar que a retirada de direitos trabalhistas não aumenta o nível de emprego, não promove o crescimento econômico e não diminui a precariedade ocupacional.

Diversos são os especialistas que apontavam o risco do aumento da precarização do mercado de trabalho brasileiro com a aprovação da reforma trabalhista, que recém entrou em vigor, mas tanto o governo como os meios de comunicação pouco espaço deram a vozes que destoavam da defesa da mesma.

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