De acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha realizada entre os dias 29 e 30 de novembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando nos cenários eleitorais para as eleições presidenciais de 2018. A pesquisa também aponta tendência de queda na rejeição de Lula e de aumento na preferência partidária ao Partido dos Trabalhadores. Segundo o Instituto, o apoio de Temer a um candidato faria com que mais de ¾ do eleitorado não votassem neste.

Os resultados divulgados mostram que Lula lidera com 36% em um cenário com Bolsonaro (18%), Marina (10%), Alckmin (7%), Ciro Gomes (7%), Álvaro Dias (4%), Manuela D’Ávila (1%) e outros que também somam 1% ou menos. O Datafolha também traz números de rejeição que apontam para a queda dos que não votariam em Lula de jeito nenhum: em junho eram 46%, em setembro 42% e nesta última pesquisa 39%.

Nos cenários de segundo turno, Lula ampliou a vantagem em todas as simulações: contra o governador de São Paulo, Lula passou de 46% para 52%, enquanto Alckmin caiu de 32% para 30%; contra Marina Silva, Lula passou de 44% para 48%, e a ex-ministra oscilou de 36% para 35%; Contra Bolsonaro, Lula passou de 47% para 51%, e o deputado se manteve com 33%.

De acordo com a pesquisa, no cenário de primeiro turno já citado, Lula conta com grande apoio em alguns segmentos da população, como os entrevistados das regiões Nordeste (56%) e Norte (40%), os que possuem renda familiar de até dois salários mínimos (45%) e escolaridade fundamental (49%), evangélicos neopentecostais (45%) e religiões afro-brasileiras (41%). O Instituto também aponta que 87% dos entrevistados não votariam em um candidato apoiado pelo presidente Michel Temer.

Outro dado significativo é a tendência de aumento do número de entrevistados que dizem preferir o Partido dos Trabalhadores. Em dezembro de 2016, 9% diziam preferir o PT. Em junho de 2017, esse número subiu para 18%, em setembro para 19% e esta última pesquisa apontou que 21% têm preferência partidária pelo PT. Considerando a série histórica do Datafolha, pode-se afirmar que o PT recuperou o apoio em níveis anteriores ao golpe, com pouca diferença em relação ao pós-campanha presidencial de 2014, ao final do ano de 2013 e às vésperas dos protestos de junho daquele ano: em dezembro de 2014, um mês antes da segunda posse da presidenta Dilma, o PT contava com 22% de preferência; em julho do mesmo ano, às vésperas da campanha presidencial, o PT contava com 16%; em novembro de 2013, 20%; em junho de 2013, 19% após os protestos, no final daquele mês, e 23% antes dos protestos, no início.

`