A edição 18 do boletim Megafón, do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso), alerta sobre as graves consequências sociais das mudanças climáticas globais e que camponeses, comunidades indígenas e trabalhadores serão as principais vítimas.

Em um dos artigos, Augusto Castro aponta que as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade da sociedade e aumentam a pobreza. Segundo o autor, na América Latina em especial, as possibilidades para o desenvolvimento humano e sustentável estão se reduzindo drasticamente pela deterioração do território, o que traz problemas no uso e gestão da água, mudanças de temperatura e no clima, aumento da incidência de doenças como zika e chikungunya, inundações, secas, tempestades etc.

Tais fenômenos são sentidos no campo e na cidade, com o agravante de que na cidade se evidencia a poluição e a quantidade de lixo que não se recicla. O autor defende que a pobreza é um fenômeno que expressa não só a exclusão social e a marginalização econômica, mas também é um fenômeno relacionado à natureza e à escassez de recursos naturais como produto das mudanças climáticas.

O mesmo boletim traz uma Declaração do Grupo de Trabalho “Crisis, respuestas y alternativas en el Gran Caribe”, do Clacso, em solidariedade aos países afetados pelos furacões Irma e Maria. A nota aponta que as ilhas do Caribe contribuem com menos de 1% das emissões de gases que geram o efeito estufa no mundo, mas sofrem os impactos negativos das mudanças climáticas com ferocidade, sem ter meios suficientes para enfrentar esses efeitos e avançar para um desenvolvimento sustentável.

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