A ala política da comissão brasileira que está na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, que ocorre na cidade de Bonn, na Alemanha, se aliou a grandes empresas e representantes de países interessados em transformar a Amazônia, e outras florestas brasileiras, em mercado de carbono. Esta posição diverge da atual legislação brasileira, que proíbe tal exploração, bem como do grupo composto pelo corpo técnico dos ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores, e de ativistas sociais, também presentes à Conferência, que defendem que esta prática é ineficaz ao enfrentamento do aquecimento global.

O grupo que engloba a ala política brasileira parece ter alterado a metodologia de elaboração do relatório final sobre o assunto, fazendo com que as votações, item a item, sejam contabilizadas pelo número de pessoas participantes, e não mais por instituição. Na prática, isto dá um maior peso a este grupo, que por ter mais recursos, levou um número maior de representantes por entidade para o evento. Uma possível mudança da postura brasileira a este assunto, teria repercussão mundial.

As compensações por carbono, ou offset florestal, nas florestas brasileiras, pelas quais muitos grupos empresariais e países mais poluidores pressionam o governo brasileiro, permitem que grandes poluidores compensem sua emissão de carbono, emissão esta que agrava o aquecimento global, por meio de pagamento aos países detentores de grandes florestas. Este procedimento é enxergado por especialistas como permissivo e legalizador das atividades poluentes no planeta, por possibilitar que empresas despejem mais poluentes na atmosfera à medida que conseguem mais áreas verdes para compensá-los, além de propiciar uma ‘maquiagem verde’ para quem, não necessariamente, faz por merecer.

A Conferência de Bonn ocorre de 6 a 17 de novembro e possui, como meta principal, viabilizar a implementação do Acordo de Paris, no qual os países participantes se comprometeram com medidas para reduzir a temperatura global em até 2ºC acima dos níveis pré-industriais. Os organizadores da Conferência cobraram das comitivas presentes uma elevação no nível de ambição para o cumprimento dos objetivos do referido acordo. Um dos temas mais debatidos é o das fontes de energia.

Segundo o jornal Rheinische Post, da região de Bonn, havia um clima e expectativa locais de que a delegação norte-americana tentasse prejudicar as negociações, devido a seu recente anúncio de saída do Acordo de Paris, mas esta tentativa não ocorreu. Surpreendente foi a posição da “coalizão Jamaika”, que está formando a maioria governista no Parlamento alemão, pois sua postura foi de satisfação com medidas fracas de proteção climática.

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, que está à frente da comitiva brasileira, fez o já esperado discurso de que “temos feito progressos na política ambiental e impedimos que se coloque em perigo os objetivos do Acordo de Paris de qualquer maneira”.
O jornal alemão Deutsche Welle, todavia, destacou que esta fala não corresponde à realidade. O jornal apresentou dados sobre o aumento de 9% das emissões poluentes brasileiras em 2016, destacou o aumento da bancada ruralista e as ações prejudiciais de redução de áreas de conservação, de anistia a terras de apropriação indevida e às demarcações indígenas. Também deu voz a representante dos povos indígenas Sônia Guajajara: “Não há nada de bom em dizer sobre a atual política ambiental do Brasil”.

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A ala política da comissão brasileira que está na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, que ocorre na cidade de Bonn, na Alemanha, se aliou a grandes empresas e representantes de países interessados em transformar a Amazônia, e outras florestas brasileiras, em mercado de carbono. Esta posição diverge da atual legislação brasileira, que proíbe tal exploração, bem como do grupo composto pelo corpo técnico dos ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores, e de ativistas sociais, também presentes à Conferência, que defendem que esta prática é ineficaz ao enfrentamento do aquecimento global.

O grupo que engloba a ala política brasileira parece ter alterado a metodologia de elaboração do relatório final sobre o assunto, fazendo com que as votações, item a item, sejam contabilizadas pelo número de pessoas participantes, e não mais por instituição. Na prática, isto dá um maior peso a este grupo, que por ter mais recursos, levou um número maior de representantes por entidade para o evento. Uma possível mudança da postura brasileira a este assunto, teria repercussão mundial.

As compensações por carbono, ou offset florestal, nas florestas brasileiras, pelas quais muitos grupos empresariais e países mais poluidores pressionam o governo brasileiro, permitem que grandes poluidores compensem sua emissão de carbono, emissão esta que agrava o aquecimento global, por meio de pagamento aos países detentores de grandes florestas. Este procedimento é enxergado por especialistas como permissivo e legalizador das atividades poluentes no planeta, por possibilitar que empresas despejem mais poluentes na atmosfera à medida que conseguem mais áreas verdes para compensá-los, além de propiciar uma ‘maquiagem verde’ para quem, não necessariamente, faz por merecer.

A Conferência de Bonn ocorre de 6 a 17 de novembro e possui, como meta principal, viabilizar a implementação do Acordo de Paris, no qual os países participantes se comprometeram com medidas para reduzir a temperatura global em até 2ºC acima dos níveis pré-industriais. Os organizadores da Conferência cobraram das comitivas presentes uma elevação no nível de ambição para o cumprimento dos objetivos do referido acordo. Um dos temas mais debatidos é o das fontes de energia.

Segundo o jornal Rheinische Post, da região de Bonn, havia um clima e expectativa locais de que a delegação norte-americana tentasse prejudicar as negociações, devido a seu recente anúncio de saída do Acordo de Paris, mas esta tentativa não ocorreu. Surpreendente foi a posição da “coalizão Jamaika”, que está formando a maioria governista no Parlamento alemão, pois sua postura foi de satisfação com medidas fracas de proteção climática.

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, que está à frente da comitiva brasileira, fez o já esperado discurso de que “temos feito progressos na política ambiental e impedimos que se coloque em perigo os objetivos do Acordo de Paris de qualquer maneira”.
O jornal alemão Deutsche Welle, todavia, destacou que esta fala não corresponde à realidade. O jornal apresentou dados sobre o aumento de 9% das emissões poluentes brasileiras em 2016, destacou o aumento da bancada ruralista e as ações prejudiciais de redução de áreas de conservação, de anistia a terras de apropriação indevida e às demarcações indígenas. Também deu voz a representante dos povos indígenas Sônia Guajajara: “Não há nada de bom em dizer sobre a atual política ambiental do Brasil”.

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