O presidente golpista Michel Temer admitiu, em reunião com ministros e líderes partidários no início dessa semana, que dificilmente conseguirá aprovar a Reforma da Previdência no Congresso Nacional, mesmo com alterações em seu teor. A notória diminuição da base aliada foi demonstrada na votação da segunda denúncia, na qual Temer obteve menos da metade dos votos entre os 513 deputados.

Em meio a esse cenário, o governo tentará aprovar projetos que demandam menor votação. Ainda nesta semana Temer deve enviar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que dispõe da venda da Eletrobras. Para ser aprovado, o PL precisará ser aprovado nos Plenários da Câmara e do Senado por maioria simples. Se aprovado o PL, o governo poderá entregar para empresas privadas ou para estatais estrangeiras mais um setor estratégico para o desenvolvimento nacional.

O desmonte da Previdência proposto pelos golpistas foi pautado por meio da PEC 287/16, que está há meses esperando apreciação no Plenário da Câmara dos Deputados. A dificuldade em obter o mínimo de 308 votos, no entanto, freiou a tramitação da matéria. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo só conseguirá aprovar a Reforma da Previdência se reorganizar a base aliada, que já se desgastou ao livrar Temer das denúncias por corrupção passiva, obstrução de justiça e formação de organização criminosa.

Os partidos aliados de Temer seguem disputando espaço dentro do governo e pressionam o Planalto para a realização de uma reforma ministerial. Parlamentares do centrão, principalmente, cobram do governo a fatura por terem blindado Temer, demandando cargos e ministérios que hoje estão estão nas mãos do PSDB. Na votação da segunda denúncia, a maioria dos deputados tucanos votou contra Temer.

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