O doleiro Lúcio Funaro voltou a afirmar, em depoimento à Justiça Federal, que repasses milionários foram feitos ao presidente golpista Michel Temer, ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco (PMDB-RJ), e ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. De acordo com o delator, Temer teria recebido dois milhões de reais em propina do grupo Bertin, que obteve vantagens indevidas junto à Caixa Econômica Federal quando Moreira Franco integrava a direção do banco.

Em outro processo, a procuradora-geral da república Rachel Dodge reforçou a denúncia feita pela PGR, quando esta estava sob comando de Rodrigo Janot, contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O parecer da procuradora foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e defende que este torne Jucá réu. Todos os acusados, Temer, Franco, Cunha e Jucá, comandaram o golpe dado contra a presidenta Dilma Rousseff.

As declarações de Funaro se deram em meio a investigação de irregularidades na Caixa Econômica Federal e se referem ao período no qual Moreira Franco era vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, responsável pelos recursos do Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGTS). De acordo com Funaro, Franco teria atuado em favor de empresas, no caso o Grupo Bertin, para liberação de financiamento do FGTS mediante pagamento de propina. Segundo Funaro, a propina foi dada a Temer por meio de doações oficiais ao PMDB.

Já Romero Jucá é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Zelotes, que investiga fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), da Receita Federal. Jucá é acusado de atuar em favor do grupo Gerdau em troca de doações eleitorais. O empresário do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter, também foi denunciado. Dodge endossou o pedido que havia sido feito ao STF pelo ex-procurador geral Rodrigo Janot em agosto.

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