O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), iniciou hoje às 9h30 a sessão que votará a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva. Para aumentar sua votação contra a denúncia, o presidente golpista exonerou dez ministros que possuem cargos na Câmara e liberou dois bilhões de reais em emendas parlamentares para aliados.

Os principais esforços de Temer visam conter a perda de votos dentro do DEM, um dos principais aliados e partido do presidente da Câmara, e conquistar votos de partidos que estão divididos, como o PSB. O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), declarou que orientará a bancada tucana a votar contra o governo e a favor da denúncia, posição que, segundo ele, é maioria entre os deputados da sigla.

A oposição a Temer está presente na Câmara, mas não registrou presença. Em suas redes sociais, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que quem tem a obrigação de conseguir o quórum mínimo é a base governista. Para iniciar a votação, é necessária a presença de no mínimo 342 deputados no plenário, mesmo número de votos necessários para a aceitação da denúncia.

Já se pronunciaram na Câmara o advogado de defesa de Michel Temer, Antônio Mariz de Oliveira, e o relator que recomendou a rejeição da denúncia, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Após a fala de Mariz de Oliveira, deu-se início a discussão da matéria, com falas de deputados. A expectativa é que a votação ocorra ainda hoje. Se rejeitar a denúncia, a Câmara dos Deputados estará, mais uma vez, distante do povo que deve representar. De acordo com pesquisa CUT/Vox-Populi, realizada entre os dias 29 e 31 de julho em todos os estados e no DF, 94% da população é a favor da investigação de Temer.

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