Policy Paper 32 do Informe de Acompanhamento da Educação no Mundo, da Unesco, defende que se todos os adultos do mundo completassem a educação secundária (correspondente ao nosso ensino fundamental), a pobreza global cairia a menos da metade dos níveis atuais, ou seja, 420 milhões de pessoas sairiam da pobreza.

Mas o estudo mostra que tem ocorrido uma desaceleração no ritmo em que crianças e adolescentes do mundo estão se integrando aos sistemas educativos nacionais: a taxa de crianças fora da escola primária no mundo tem se mantido em 9% nos últimos oito anos, por exemplo. O número total de crianças, adolescentes e jovens fora da escola se mantém praticamente igual nos últimos três anos, em torno de 264 milhões em todo o mundo. E 53% do total são jovens de 15 a 17 anos.

No caso da América Latina, as taxas de adolescentes de 15 a 17 anos fora da escola é bem mais alta do que a de crianças e adolescentes mais novos, possivelmente pelo papel que esses jovens já têm no contexto familiar, seja por assumirem trabalhos domésticos (mais comum no caso das adolescentes) ou por assumir algum tipo de trabalho remunerado, o que pode retirá-los da escola.

No caso do Brasil, tem crescido os índices de trabalho infantil nos últimos anos, o que está conjugado à crise do mercado de trabalho.

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