Com informações do Portal Vermelho

A América Latina comemora hoje a libertação do ativista porto-riquenho Oscar López Rivera, aos 73 anos de idade, após passar 36 anos preso nos Estados Unidos. López foi condenado a 55 anos de prisão por defender a independência de seu país, Porto Rico, que até hoje é colonizado pelos EUA. Em Porto Rico ele foi um importante líder independentista e combateu na Guerra do Vietnã. Nos Estados Unidos, participou de ações em defesa da independência. Durante 5 anos atuou na luta clandestina como membro das Forças Armadas de Liberação Nacional (FALN) e foi capturado pelo FBI, acusado de “conspiração” devido à sua atuação.

Assim que foi capturado, reclamou para si a condição de “prisioneiro de guerra” e foi amparado pelo protocolo da Convenção de Genebra de 1949. Inicialmente condenado a 55 anos, a pena aumentou para 70, dos quais 12 ele passou em isolamento completo. A injustiça cometida contra Oscar López foi alvo de críticas em todo o mundo. Organizações sociais e ativistas dos direitos humanos se mobilizaram em diversos países para exigir a libertação do líder independentista.

Só em 2012 a ONU se pronunciou sobre o caso, ao aprovar a resolução fomentada por Cuba que exige o reconhecimento da independência e autodeterminação de Porto Rico. Na ocasião, a Organização exigiu a libertação dos independentistas presos nos Estados Unidos, entre eles Oscar López.

A libertação de López, junto com outros 208 presos políticos, foi anunciada em janeiro deste ano por Barack Obama, pouco antes de deixar o governo. Contudo, mesmo em liberdade, o ativista permaneceu até hoje em prisão domiciliar e teve de prestar trabalhos comunitários em comunidades carentes em seu paíspara terminar de cumprir sua pena. A prefeita do município de San Juan, onde o ativista atuou, afirmou à imprensa local que este “é um grande dia para a justiça e a dignidade porto-riquenha”.

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